quarta-feira, 8 de abril de 2009

Dica de Filme



Você já assistiu " Meu Nome é Rádio"? Não? Então não perca tempo, esse filme é "MARAAAA".



Tive a oportunidade de assisti-lo como tarefa da disciplina de Educação Especial.

Reflexões e Considerações.

O filme baseado em uma história real, fala sobre o relacionamento entre um jovem negro, portador de necessidades especiais, cujo apelido é Rádio ( devido seu apego ao aparelho) e o professor e técnico de esportes da escola local, Sr. Jones.
As primeiras cenas do filme mostram Rádio livre e feliz, empurrando um carrinho de supermercado cheio de quinquilharias e seu rádio, principal companheiro. No momento em que passa por um beco, para então entrar no centro da cidade, suas feições mudam, Rádio torna-se um rapaz sério, triste e amedrontado, isso devido a exclusão imposta pela sociedade, que vê Rádio como um rapaz doente, incapaz e sem utilidade.
Rádio encontra no treinador Sr.Jones, um amigo e protetor com quem se aproxima aos poucos. Essa aproximação acontece depois que o treinador o salva de uma brincadeira de mau gosto realizada por um grupo de alunos.Tentando recompensar o jovem pelo o acontecido, o treinador faz de com que Rádio participe dos treinos e aos poucos de todas as atividades da escola. Mesmo sendo muito criticado pela sociedade e pela diretora da escola, que o questiona a respeito da presença que um negro e deficiente mental, possa acarretar aos demais alunos, Sr.Jones não entra em discussão e mesmo enfrentando tantos obstáculos a respeito da inclusão de Rádio na escola, o treinador consegue que Rádio se torne o mascote oficial do time de futebol e passe a freqüentar as salas de aula. Vinte seis anos depois, Rádio torna-se o treinador do time de Futebol da Escola T.L.Hanna.
Vale ressaltar, que a amizade entre o treinador e Rádio se dá através da tolerância, pois o treinador o aceita da maneira como Rádio é, em sua essência, sem tentar fazer com que Rádio se torne um ser “normal”, para assim viver em sociedade. Isso fica claro nas cenas em que o treinador o ensina a escrever e Rádio muitas vezes se esquiva, quando Rádio fala a jogada e mesmo assim o treinador não o repreende, pois sabe que Rádio não fez por mau, simplesmente não sabia o que estava fazendo e o treinador assim demonstra que o aceita incondicionalmente.
A aceitação de Rádio pelo treinador, também faz com que o vínculo de amizade se torne cada vez maior, pois quando o treinador o ensina a escrever e Rádio consegue fazer alguns rabiscos, o treinador o aplaude, não exigindo dele maiores resultados. Infelizmente essa tolerância é que faz falta nos seres humanos que habitam a nossa sociedade, somos seres incapazes de lidar e conviver com o diferente.
De nada adianta falarmos de inclusão se não sabemos lidar com o diferente, as escolas que aceitam os portadores de deficiência, devem também aceitar suas condições, suas limitações e estarem preparadas para que esses indivíduos façam parte da escola e não serem contados apenas como mais um aluno.
Se o professor criar um ambiente de aceitação, estimulando seus alunos, tornará o processo de ensino- aprendizagem bem mais fácil.
O filme deixa como lição de vida , a convivência com a diversidade, isso foi mostrado ao longo do filme, onde toda a escola e comunidade passam a ver Rádio com outros olhos, convivendo em harmonia e crescendo como pessoas. Mostrando para o telespectador que nunca é tarde para ajudar, e que essas pessoas portadoras de algum tipo de necessidades, não precisam de nosso sentimento de pena, e sim de nosso respeito.

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